Qual a razão das pessoas deixarem de usar seus aparelhos a longo prazo?
Mesmo com o avanço da tecnologia estudos demonstram que usuários de aparelhos auditivos tendem a deixar de usá-los no decorrer do tempo, mesmo tendo tido orientação profissional. Diversos motivos podem explicar este fato como:
- Falta de orientação adequada , dificuldade ou esquecimento de fazer a limpeza com troca de filtro e oliva no intervalo de tempo correto.
- Dificuldade de colocação dos aparelhos pelo próprio usuário ou mesmo a dificuldade de manipulação dos cuidadores.
- Cera no canal auditivo externo provocando diminuição da qualidade sonora, apitos constantes durante o uso ou mesmo a entupimento fazendo ficar mudo. Importante lembrar que usuários devem ir ao otorrinolaringologista 2 vezes ao ano para limpeza completa.
- Com o uso constante e higienização inadequada patologias de orelha externa podem surgir como fungos, eczemas… uso de seu kit de limpeza e desumidificador dos aparelhos é tão importante quanto o computador do aparelho.
- Após adaptação e compra dos aparelhos não retornar ao serviço para acompanhamento e ajustes. Várias situações durante a vida podem fazer com que a audição sofra a variação.
- O uso sem acompanhamento . Vários estudos demonstram a necessidade de consulta periódica, intervalo de 1m ,3 meses, 6 meses ou 1ano conforme cada caso, para avaliação auditiva e ajustes dos aparelhos auditivos. Usuários que não retornam após 1 ano de uso para acompanhamento tendem a abandonar o uso.
Se você é usuário ou conhece alguém leve esta informação pois ajudará muito a ter o uso efetivo de qualidade proporcionando os benefícios desejados.
Tenha seu próprio kit de limpeza. Se não tiver, solicite ao profissional que te acompanhe. Vá ao medica a cada 6 meses para verificar a necessidade da remoção de cerume. consulte o profissional que o acompanha no processo de adaptação no intervalo recomendado por ele.
Fonte: Iwahashi JH, Jardim IS, Shirayama Y, Yuasa M, Bento RF. Hearing Aid Use and Adherence to Treatment in a Publicly-Funded Health Service from the City of São Paulo, Brazil. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2015;19(3):210-215